O gramado ao
lado do CEI nos presenteia todo ano com uma maravilhosa cena que é o nascimento
de uma vida. Todos os anos os pássaros Quero- Quero dão o ar da graça e ali
fazem seu ninho, colocam seus ovos e
podemos acompanhar tudo do solário de nossa sala. Os cuidados com o ninho, os
sinais de alerta dos pais quando algum perigo aproxima-se, depois o nascimento
dos filhotes, a eclosão dos ovos, a postura dos pássaros recolhê-los embaixo de
suas asas, os primeiros passos, a alimentação, os ensaios do primeiro voo, enfim, podemos presenciar cada detalhe desse magnífico momento que a natureza
nos proporciona. E as crianças adoram! Vibram a cada descoberta. Por esse
motivo, pelo interesse das crianças em observá-los, resolvemos fazer uma
comparação entre os mesmos e as crianças, incorporando o estudo em nosso
projeto de texturas.
Depois de um
tempo os observando, algumas hipóteses foram levantadas:
Fala das
crianças:
--“é um
passarinho!”
--“ele voa!”
--“ que lindo!”
Hipóteses feitas
e anotadas:
--“onde tá o ovo dele?”
--“ ele nasce do ovo?”
--“ onde ele mora?”
-- “ ele come minhoca?”, --“ não, ele como maçã!”
-- “ele tem um espinho na asa?”, -- “dói, né profe, se ele espinha a gente?”
A partir dos
questionamentos e falas das crianças começamos então, a planejar para que pudéssemos
responder as perguntas delas. Uma pesquisa foi realizada pelas professoras e a
cada semana respondíamos a um questionamento de forma lúdica.
Alguns exemplos:
Ao se
tratar da alimentação, levamos as crianças várias vezes no gramado para
comermos a fruta da tarde e lá deixávamos nossas sementes para os pássaros.
Em relação ao
ninho, em um determinado momento, enquanto os pássaros não estavam por perto,
corremos lá para observá-lo e depois trouxemos para sala outros ninhos para que
as crianças observassem a diferença entre eles.
Ao assistirmos a um vídeo descobrimos que os "espinhos" na verdade chamam-se "esporões".
Também relacionamos
a gestação entre as crianças e os pássaros, realizando uma colagem do ovo e a
imagem da mamãe grávida.
As professoras mostraram para as crianças a fotografia delas quando bebês e a foto da mamãe grávida (enviada pelas famílias), para fazermos um comparativo entre elas e o filhote de quero-quero e a gestação da mamãe pássaro e da mamãe de cada criança.
Para melhor compreensão, um ovo cozido foi trazido para que pudessem
tocá-lo e sentir sua textura dura e morna, como se o mesmo estivesse no ninho
dos pássaros.
As professoras mostraram para as crianças a fotografia delas quando bebês e a foto da mamãe grávida (enviada pelas famílias), para fazermos um comparativo entre elas e o filhote de quero-quero e a gestação da mamãe pássaro e da mamãe de cada criança.
A mãe de uma das crianças, a nosso pedido, tirou um
tempinho para vir até nossa sala e depois de uma conversa breve as crianças
tocaram em sua barriga, a maioria timidamente, porém puderam perceber que
embora de uma forma diferente, a barriga da
mamãe também parece um ovo gigante!
Outra proposta
foi realizada, onde as crianças carimbaram suas mãos nas cores do Quero- Quero
(cinza, preto e branco) e, ao lado, as professoras colaram a foto das crianças
quando eram bem pequeninas, para fazer a comparação entre os filhotes e elas.
Dois pássaros foram
construídos e pendurados na sala. Com essa
proposta as crianças desenvolveram vários conceitos, como: cor, textura,
tamanho, coordenação motora, entre outros.
CRIANÇAS OBSERVANDO OS PÁSSAROS |
PAPAI E MAMÃE QUERO-QUERO CUIDANDO DOS SEUS FILHOTES
PESQUISA BREVE SOBRE O PÁSSARO
Quero-quero
O quero-quero, quem-quem, tetéu, xexéu ou também conhecido como abibe-do-sul é uma ave da ordem Charadriiformes da família Charadriidae.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (latim) vanellus = diminutivo de vannus = abibe, (nome popular de uma ave passeriforme que habita Portugal); e chilensis = referente ao pais do Chile, originário do Chile. ⇒ Pequena Abibe do Chile ou abibe-do-sul chilense.
Características
Mede 37 centímetros de comprimento e pesa cerca de 277 gramas.
Possui um esporão pontudo, ósseo, com 1 centímetro de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao peito e ainda umas penas longas (penacho) na região posterior da cabeça, tem um desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o voo.
Voz: “tero-tero”. Esse som é emitido dia e noite.
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O oposto do leucismo é o melanismo.
Alimentação
O quero-quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas. Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.
Reprodução
Na primavera, a fêmea põe normalmente de três a quatro ovos. Nidificam em uma cavidade esgravatada no solo; os ovos têm formato de pião ou pera, forma adequada para rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo manchados, confundindo-se perfeitamente com o solo. Quando os adultos são espantados do ninho fingem-se de feridos a fim de desviar dali o inimigo; o macho, torna-se agressivo até mesmo a um homem. Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após o descascamento do ovo.
Hábitos
Costuma viver em banhados e pastagens; é visto em estradas, campos de futebol e próximo a fazendas, frequentemente longe d'água. O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso invade seus domínios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom proveito da convivência com o quero-quero, pois, conforme a entonação, o grito dessa ave pode significar perigo. Então os grandes roedores procuram refúgio na água.
Essa característica faz do quero-quero um excelente cão de guarda, sendo utilizado por algumas empresas que possuem seu parque fabril populado por estas aves.
Distribuição Geográfica
O quero-quero é uma ave típica da América do Sul, sendo encontrado desde a Argentina e leste da Bolívia até a margem direita do baixo Amazonas e principalmente no Rio Grande do Sul, no Brasil. Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas.
Referências
§ EMBRAPA, Fauna de Vertebrados Selvagens de Campinas - Quero-Quero. Disponível em: <http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/queroq.html>.
§ Helmut Sick, 1988. “Ornitologia Brasileira”.
§ Marco Antonio de Andrade, 1997. “Aves Silvestres - Minas Gerais”.
§ John S. Dunning & William Belton, 1993. “Aves Silvestres do Rio Grande do Sul”.
§ CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.
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esse CEI é tudo de bom!!!
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